O julgamento no Supremo Tribunal Federal que definirá o regime de contratação dos servidores de Conselhos está ocorrendo essa semana. O que podemos esperar desse julgamento? Em resumo, o STF definirá qual o regime de contratação dos servidores de Conselhos, se será aplicado o Regime Jurídico Único ou a CLT. Atualmente, no STF, o cenário está bem dividido, pois temos quatro ministros que decidiram pela aplicação do RJU, cinco ministros que entenderam pela aplicação do Regime CLT e um ministro que entendeu por uma aplicação híbrida, dependendo da lei de criação do Conselho.
Estamos aguardando apenas o voto do ministro Dias Toffoli, que poderá definir qual regime será aplicado. No vídeo abaixo, o assessor jurídico da Fenasera, Bruno Rocha, faz um breve resumo do entendimento do ministro Alexandre de Moraes, que está acompanhado por mais quatro ministros. Hoje também, às 19h, Bruno Rocha faz mais uma LIVE para abordar com mais detalhes o julgamento que está acontecendo no STF. A live será transmitida no Facebook da Estillac&Rocha.
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PLANILHAS ANÔNIMAS VIRAM NOVA MANEIRA
“A empresa se esforça para montar uma grande imagem, enquanto do lado de dentro já teve casos de assédio sexual e enfrenta processos por ter acobertado isso.” “Se pagam de legais e modernos, mas o ambiente é machista e racista, com gerência fraca e despreparada.” As declarações acima fazem parte de um novo fenômeno no mercado de trabalho: as planilhas ou perfis de redes sociais anônimos que reúnem desabafos de pessoas sobre a empresa em que trabalham. A moda começou em 2016, com uma planilha sobre agências publicitárias. A quantidade de desabafos e o peso das denúncias fizeram com que viralizasse rapidamente. Chefe gritando? A nova geração não aceita – “Há uma geração de pessoas nascidas a partir de 1986, e que entraram no mercado entre 2008 e 2010, que valoriza muito o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Ela não aceita mais trabalhar em um ambiente tóxico, vendo líderes gritando com as pessoas”, afirma o professor Joel Souza Dutra, professor da USP e coordenador do PROGEP, o Programa de Estudos em Gestão de Pessoas da FIA. Dutra considera o fenômeno das planilhas anônimas uma evolução natural do mercado e da sociedade – acompanhando, por exemplo, o fortalecimento do debate público sobre racismo e assédio, e a crescente importância das redes sociais. Problemas envolvendo assédios e a gestão, por exemplo, estão entre as reclamações mais comuns, o que pode indicar uma cultura tóxica arraigada. Mesmo com canais internos, as pessoas provavelmente continuarão falando sobre a empresa “da porta para fora”. Plataformas como Indeed e Glassdoor já trazem há alguns anos milhões de avaliações de empresas feitas pelos próprios funcionários. Em vez de ser um problema, isso pode virar uma fonte de informações para melhorar o ambiente de trabalho. “Os profissionais não estão mais aceitando a incoerência entre discurso e prática. Se a empresa faz propaganda enganosa, os fatos logo irão denunciá-la, o que irá prejudicar ainda mais a sua imagem. A mentira tem perna curta, e na internet ela fica mais curta ainda”, afirma Dutra.
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