Os sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias que estão no período de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) estão adequando suas pautas de reivindicações às novas relações de trabalho, a partir dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Essa mudança no perfil das reivindicações foi detectada por uma pesquisa com 620 profissionais do país, da consultoria de Recursos Humanos Robert Half, publicada no jornal Valor Econômico. Segundo a pesquisa, 86% dos entrevistados querem que as empresas incorporem novos benefícios mais adequados às necessidades dos trabalhadores na pandemia como auxílio psicológico, home office para compra de mobiliário e pagamento de custos, além de aportes na previdência privada.
Outra reivindicação dos trabalhadores é o fim do “abuso” da importunação feita por chefias por meio de aplicativos de celulares em horários fora do trabalho que não tem sido contabilizado como horas extras por muitas empresas. Também há empresas se aproveitando do trabalho em casa para negar o auxílio alimentação e o vale transporte. Os trabalhadores estão sendo cobrados para terem uma comunicação melhor, mas isto gera gastos que as empresas não querem arcar.
Saúde mental entra na pauta de reivindicações – A pesquisa da consultoria de RH mostra também que o auxílio psicológico durante a pandemia tem sido importante para 14% dos pesquisados. Outras questões relacionadas à saúde no teletrabalho é como serão feitos os diagnósticos de doença ocupacional como a LER por esforços repetitivos, seja utilizando o notebook ou mesmo o celular. A pesquisa revelou que 86% (533) dos 620 entrevistados concordam que seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente. Mas, apenas 40% (248) disseram que as empresas deram algum auxílio novo no início da pandemia.
Os novos benefícios mais desejados são aportes na previdência privada e auxílio home office (para internet e mobiliário). Este último item só foi recebido por 8% (46) do universo pesquisado. Antes da pandemia este número era ainda mais reduzido (1%) ou 62 pessoas recebiam algum auxílio financeiro para a aquisição de equipamentos para trabalhar em casa. O benefício preferido entre os que receberam algum auxílio novo foi o psicológico com 14% da preferência, que correspondem a 35 pessoas.
Já dos benefícios atuais, o auxílio médico é o mais importante para 73% (452) dos entrevistados. No entanto, nem todos recebem. O auxílio médico é disponibilizado por 85% dos empregadores. A pesquisa mostra ainda que benefícios como estacionamento, celulares e vale transporte agora ficam em segundo plano na lista de desejos dos trabalhadores.
Fonte: CUT
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